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Inflação desacelera em janeiro e fica em 0,16%
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Brasília — A inflação oficial do Brasil perdeu força e ficou em 0,16% no mês de janeiro, ante alta de 0,52% apurada em dezembro de 2024. O resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi novamente impactado pelo encarecimento dos alimentos, que impediu o alívio no bolso motivado pelo desconto no valor das contas de luz.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBG. Esse foi o menor IPCA para um mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2024, a variação havia sido de 0,42%.O IPCA acumula alta de 4,83% nos últimos 12 meses.

O grupo Transportes, com alta de 1,30% e 0,27 ponto percentual (p.p.), seguido do grupo Alimentação e bebidas (0,96% e 0,21 p.p.) são os grupos com as maiores variações positivas no IPCA de janeiro. O grupo Habitação, com queda de 3,08% e  -0,46 p.p. de impacto contribuiu para conter o índice do mês.

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Tanto o lanche (0,94%) quanto a refeição (0,58%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,96% e 1,42%, respectivamente).

 

No grupo Habitação (-3,08% e -0,46 p.p.), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,55 p.p.), ao recuar 14,21% em janeiro. A queda decorre da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,97%) foi influenciada pelos reajustes: 6,42% em Belo Horizonte (5,64%) em 1º de janeiro; 6,84% em Campo Grande (5,59%) em 3 de janeiro; 6,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (2,79%) em 1º de janeiro e 9,83% no Rio de Janeiro (0,62%), a partir de 1º de dezembro. Já o subitem gás encanado (0,49%) reflete o aumento de 4,71% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,14%), com vigência a partir de 1º de janeiro e a incorporação integral da redução de 1,41% nas tarifas em São Paulo (-1,41%) vigente desde 10 de dezembro.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Aracaju-SE (0,59%), influenciada pela alta das passagens aéreas (13,65%). A menor variação foi em Rio Branco-AC (-0,34%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-16,60%).

Índice permanece acima do limite da meta.

Mesmo com a perda de ritmo, o IPCA mantém a variação acima do limite de tolerância de 1,5 ponto percentual definido para a inflação deste ano. Com a meta estabelecida em 3%, o CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o índice deve variar entre 1,5% e 4,5%.

Sem perspectiva de desaceleração constante dos preços, o BC (Banco Central) antevê que vai precisar se justificar sobre o estouro do IPCA devido à alteração dos regimes de metas a partir deste ano. As explicações passam a ser necessárias sempre que a inflação furar o teto por seis meses consecutivos. O furo da meta de inflação é previsto para junho.

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