Gazeta Brasilis

Cobertura das decisões mais importantes da política nacional
PIB cresce 2,9% em 2023 e fecha ano em R$ 10,9 trilhões; para 2024 expectiva é de crescimento de 2,2%
Spread the love

BRASILIA – O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29), superou as expectativas de economistas e cresceu 2,9% em 2023. De acordo com o IBGE, ele alcançou R$ 10,9 trilhões em 2023. Para 2024 a equipe econômica do Ministério da Fazenda projeta crescimento de 2,2%.

O PIB per capita –valor da produção por habitante– foi de R$50.193,72, alta de 2,2% ante a 2022, já descontada a inflação. O crescimento foi puxado principalmente pelo setor agropecuário. Em 2023, a produção dele aumentou 15,1%. Na indústria, o crescimento foi de 1,6% e, nos serviços, 2,4%.

O crescimento da agropecuária tem a ver com safra recordes de soja e milho em 2023. Segundo o IBGE, a produção desses grãos cresceu 27% e 19%, respectivamente.

O PIB é a soma de toda a produção nacional durante o ano. Ele é o principal indicador da atividade econômica nacional.

Consumo cresce

O PIB também pode ser medido pelo lado do consumo ou despesa. Por esse lado, o consumo das famílias teve papel essencial para o crescimento da economia. Esse consumo cresceu 3,1% em 2023.

O consumo do governo cresceu 1,7%. Por uutro lado, a FBCF (Formação Bruta de Capital de Fixo ), que é um indicador para o investimento de empresas, caiu 3%.

As exportações cresceram 9,1%, enquanto as importações caíram 1,2%.

Estabilidade do crescimento em 2023

Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Fazenda, a SPE (Secretária de Política Econômica), afirma que o crescimento do PIB que em 2023, teve ritmo marginalmente abaixo do observado em 2022. 

A SPE diz também que o resultado ficou “marginalmente” abaixo das expectativas de mercado (3,0%; Bloomberg) e da projeção da SPE (3,0%). “O crescimento em 2023 repercute, pelo lado da oferta, a forte expansão da Agropecuária (15,1%), ante queda de -1,1% em 2022; a leve expansão no ritmo de crescimento da Indústria (alta de 1,6% em 2023, ante expansão de 1,5% em 2022); e a desaceleração das atividades de Serviços de 4,3% em 2022 para 2,4% em 2023. Pela ótica da demanda, destacou-se a desaceleração da absorção doméstica, contrabalanceada pela maior contribuição do setor externo“, pontua.

Enquanto o consumo das famílias e do governo desaceleraram de 4,1% para 3,1% e de 2,1% para 1,7% de 2022 a 2023, respectivamente, a FBCF exibiu retração de 3,0%, ante alta de 1,1% em 2022. As exportações, no entanto, avançaram de 5,7% para 9,1% em
2023, enquanto as importações recuaram 1,2%, ante alta de 1,0% em 2022.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 10,9 trilhões em 2023, após ter acumulado R$ 2,8 trilhões no 4T23. O carry-over para 2024 é de aproximadamente 0,2%.

Projeções do PIB para 2024

A SPE diz na nota técnica que, por ora, a expectativa de crescimento da para o PIB de 2024 é de 2,2%, “reflexo da menor contribuição do setor agropecuário comparativamente a 2023; da recuperação da atividade na Indústria – guiada pela retomada dos investimentos produtivos e continuidade da expansão da produção extrativa mineral; e de estabilidade no ritmo de expansão dos Serviços, com a menor contribuição de benefícios fiscais sendo compensada pelo avanço do crédito e resiliência do mercado
de trabalho”.

A perspectiva é de crescimento mais homogêneo entre atividades cíclicas, segundo a SPE,  é impulsionada pelo patamar menos contracionista dos juros e não cíclicas. “Pelo lado da demanda, essa perspectiva deve se refletir em aumento da contribuição da absorção doméstica para o crescimento, com destaque para a retomada dos investimentos”, conclui.

Confira a íntegra da nota técnica: Nota_informativa_PIB – 4T23

1 comentário em “PIB cresce 2,9% em 2023 e fecha ano em R$ 10,9 trilhões; para 2024 expectiva é de crescimento de 2,2%

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.